sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Militares concluem operação Transamazônica Viva. Por RICARDO GOMES de RORAIMA.


Foi encerrada no final da tarde de ontem, a operação Transamazônica Viva coordenada pelo Segundo Grupamento Militar da Amazônia em conjunto com os Batalhões de Fronteira dos estados de Roraima, Amazonas, Rondônia e Pará. O reconhecimento da rodovia BR 230 teve a duração de três dias e foram percorridos mais de 1.670 km a partir do estado do Amazonas. A delegação de Roraima, percorreu mais de 2.800 km a partir da BR 174.
O inicio da operação de reconhecimento da Transamazônica teve como ponto de partida  o 53º Batalhão Especial de Fronteira localizado na cidade de Itaituba (PA), logo após a apresentação da tropa que integraria a operação delegação de militares e a formatura da tropa sob o comando do General Luiz Carlos Gomes Mattos, repassando todo o trajeto e orientação do grupamento integrado por 155 militares e 20 veículos.
De Itaituba a comitiva seguiu para o município de Jacareacanga na divisa entre os estados do Pará e Amazonas, completando um percurso de mais de 480 km pernoitando na localidade de Apuí, pertencente ao estado do Amazonas.
Em todo o trecho de reconhecimento tiveram alguns pontos de extrema atenção pelas limitações no transito de veículos pesados pelas condições da rodovia e das pontes que não suportam veículos com cargas excedentes. A exemplo das pontes das localidades de Apuí e dos rios Manicoré, Palmares e Arara no Pará.3
Em todo o percurso foram utilizadas diversas estratégias de operações no trecho de reconhecimento da BR 230, com o foco principal em estabelecer o percurso de uma das rodovias consideradas estratégicas para o norte do país que necessita da atenção constante do governo federal na efetivação de recursos para a importância de sua trafegabilidade na interligação dos estados de Roraima Amazonas, Pará e Rondônia, e para tanto torna – lá em condições de tráfego durante o ano todo.

Durante operação jornalista sofre acidente.

Um dos carros de suporte a operação Transamazônica Viva capotou logo após a saída de Itaituba na altura do Km 216, e apesar de ficar  totalmente destruído, nenhum dos três  ocupantes teve ferimentos graves a exceção do jornalista Luiz Margarido de Manaus, que teve que ser removido de helicóptero para a realização de exames para detectar se algo de grave tinha acontecido com o mesmo.
No sábado a noite teve alta do hospital e já está plenamente recuperado, o veiculo após inspeção seguiu para a base da missão em Itaituba.
O local do acidente é de difícil acesso por se tratar de uma curva perigosa e requer atenção redobrada de quem trafega pela BR 230. Uma das estratégias da operação foi o planejamento no resgate rápido de algum sinistro que viesse a ocorrer com algum dos membros da equipe.


Integração viária é extremamente necessária para região.


De acordo com o General de Brigada Lauro Luis Pires da Silva, comandante do 2º Grupamento de Engenharia do Amazonas, e um os coordenadores da operação, a intenção foi realizar um reconhecimento motorizado para saber da realidade técnica que a rodovia apresenta para a apresentação de um amplo relatório para balizar os investimentos futuros de melhorias para a extensão da 230 do Pará ao Amazonas, e inclusive orientar a aplicação de recursos para um futuro asfaltamento, a exemplo da BR 319 (Amazonas/Rondônia) executado pelo Batalhão Especial de Fronteira de Rondônia.
“As dificuldades logísticas muito similares em toda a região amazônica em especial para a Transamazônica se torna ligeiramente pacificada pelo fato de existir e oferecer condições de interligação terrestre com os demais estados. Prova disto é esta missão crucial, contando com a participação de diversas autoridades militares da Amazônia e do Brasil”, salientou.
Em relação ao estado de Roraima, o comandante afirmou que a ligação como 6º BEC sediado desde a consolidação da abertura da BR 174 no sentido sul, é a prova de que o Exercito Brasileiro, tem a função estratégica de apoio aos povos da Amazônia de mobilizar grandes feitos a exemplo da construção de obras significativas para o desenvolvimento do estado.
Segundo o assessor parlamentar do comando militar da Amazônia, General Thaumaturgo Vaz a realização da missão foi um dos pontos apresentados pelo exercito brasileiro no planejamento e emprego estratégico das forças militares da Amazônia.
Com a participação efetiva dos batalhões dos estados de Roraima, Amazonas, Rondônia e Pará, efetivamente o Exercito Brasileiro apresentou algumas estratégias da importância de sua existência na Amazônia de construir caminhos diminuindo distancias e fundamentalmente transformando vidas com sua presença permanente possibilitando a parceria no desenvolvimento das regiões.
“Foi se duvida um fato inédito para consolidar nossa presença de forma marcante como defensões e estrategistas em toda a Amazônia. Este encontro  inédito para o exercito, reunindo as forcas militares do norte será registrado por muito tempo na lembrança destes militares e civis que integraram esta importante missão”, observou.

BR 174 é estratégica para a Amazônia.

O General acrescentou que a BR 174 é uma rodovia vital não só para o estado de Roraima, mas principalmente para o Amazonas para o escoamento dos bens produzidos no pólo industrial de Manaus para o Caribe pela sua eficiência, juntamente com a saída estratégica pela BR 401 saindo para a Guiana.
Essas estradas são importantes para o intercâmbio que é realizado com os estados do norte no direcionamento distinto do Caribe em um sistema alternativo, ou seja diferenciado do embarque hidroviário saindo do Rio Amazonas em direção ao Oceano Atlântico, representando um gasto e tempo bem maior com os países, a exemplo do direcionamento via terrestre pela estratégica BR 174.



Parlamentares apresentam proposta de integração com Roraima pela Perimetral Norte.

Aproveitando a presença das autoridades militares da Amazônia os parlamentares estaduais Remídio Monai(PR) e Leonidio Laia(PRTB) apresentaram como estratégia na facilitação da integração rodoviária a interligação com o estado de Roraima pela localidade de Entre Rios pertencente ao município de Caroebe com o estado do Pará na cidade de Óbidos, ou seja interligando definitivamente a estratégia da rodovia Perimetral Norte.
Na ocasião os parlamentares apresentaram a proposta ao Comandante Militar da Amazônia General Matos, que afirmou já existir um planejamento de integração pela Rodovia, falta apenas consolidar esta ação, com a estruturação, planejamento e projeto da rodovia.
Os parlamentares explicaram a importância da rodovia como estratégia de desenvolvimento para Roraima, que a exemplo da interligação pela 174, teria uma segunda opção de saída estratégica com os estados localizados no centro sul do pais.

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