É como diria o Eduardo Braga: "Vai somando aí!" – Vizolli, Roque, Vitor, Admilson, Aminadal, Ocimar, Marco Lise, Dr. Osvaldo, Zamproni, Mário e outras lideranças. "Tá bom, ou quer mais? Tu aguenta?" Ele aguenta sim. O prefeito de Apuí enfrentou um grupo político considerado e um quadro totalmente desfavorável quando aderiu a uma candidatura perdida. Todas as pesquisas apontavam para a derrota de Alfredo quando ele viu seus principais aliados políticos saltando do barco que afundava e mesmo assim seguiu em frente e inexplicavelmente derrotou nas urnas "todos" os seus adversários, incluindo o vice Admilson a quem muitos atribuíam os votos da dupla nas ultimas eleições para prefeito.
Para o vice-governador eleito prof. José Melo o resultado dessa eleição definiria o quadro para 2012. Se ele realmente sabia o que estava dizendo, Marquinho da Macil saiu dessas eleições candidatíssimo à reeleição a prefeito. Apesar vitória esmagadora de Omar no restante do estado, em Apuí ele obteve apenas 2.450 votos contra 3.129 de Alfredo. Uma diferença de 679 votos, mais de 12 pontos percentuais.
Vitória esmagadora também na disputa para a Câmara Federal. O candidato Marcelo Serafim apoiado pelo prefeito obteve 2.131 votos contra 658 do Deputado Federal Silas Câmara que foi apoiado pelo presidente do Idam Edimar Vizolli. Mas a aquipe do Idam também pediu votos para o chefe do Vizolli Eron Bezerra que obteve 491 votos em Apuí. Somados os dois candidatos obtiveram 1.049 votos, menos que o candidato do Admilson, Aminadal e Edson Parron, Pauderney Avelino que teve a segunda votação em Apuí com 1.080 votos nominais.
A votação expressiva dos candidatos do prefeito Marquinhos surpreendeu a todos, inclusive o próprio prefeito que pouco antes das eleições tinha uma das piores aprovação do estado, de acordo com pesquisas da Perspectiva. De acordo com o próprio Eduardo Braga, o prefeito Marquinhos não inaugurou uma única obra no município desde que assumiu a prefeitura e os adversários acreditavam que esse seria um fator decisivo na cooptação de votos para seus candidatos. Não foi.
A vitória do prefeito nas eleições desse ano pode ter sido ocasiona por dois fatores principais. O primeiro deles é a esperança de que o prefeito faça o que ainda não conseguiu fazer. E nesse aspecto os argumentos do prefeito são muitos. Segundo informações da assessoria do prefeito são muitos os convênios firmados pela prefeitura com o governo federal, cujas obras deverão se iniciar em breve.
O segundo deles é o fator solidariedade. A maioria das pessoas acredita que a posição do prefeito em não apoiar a candidatura de Omar e Braga desagradou os dois políticos que decidiram retaliar a atitude do prefeito estancando os recursos que o Governo Estadual deveria investir no município.
Mas de acordo com o que já observamos em outras eleições, nem sempre o cenário das eleições estaduais se repete nas eleições municipais. Para quem duvida, basta recordar os resultados das ultimas eleições quando os candidatos do então prefeito Roque Longo explodiram de votos nas eleições estaduais e o candidato dele foi derrotado nas eleições municipais.
Surpresas também em relação ao Vizolli e ao Marquinhos. Nas eleições estaduais eles estavam juntos e o candidato Chico Preto apoiado por ambos obteve pouco mais de 300 votos em Apuí, mas nas eleições para prefeito os dois surgiram como os principais representantes de seus respectivos grupos e desbancaram outros postulantes ao cargo como foi o caso do Ribeiro que até então era o maior líder da oposição em Apuí.
Na nossa opinião, o que vai definir as eleições de 2012 será o trabalho que o prefeito vai conseguir ou não realizar e as razões para o sucesso ou fracasso do mesmo. Porque mesmo fracassando, se o fato decorrer da política "do quanto por melhor" adotada pelo adversário, com certeza ele será novamente eleito, e a vitória será ainda mais esmagadora.
Texto: Ivanildo Valentin
Foto: Lange
Texto: Ivanildo Valentin
Foto: Lange
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